(...)
sábado, 27 de fevereiro de 2010
(...)
Frei Felipe de São Luiz Paim, OSB
Ex-abade de Olinda
Exerceu o cargo de Abade do Mosteiro de Olinda entre 1854 e 1860, tendo-se responsabilizado por grandes reformas no edifício monástico, como consta de texto gravado numa lousa afixada no interior deste. Diz o escrito: "ESTE MOSTEIRO FOI TODO REEDIFICADO NO ANO DE 1860, SENDO D. ABBADE O M.R.P.P. FREI FILIPPE DE S. LUIS PAIM."
Frei Felipe terminou sua jornada neste mundo, em Prazeres, no dia 13 de junho de 1885.
Em 25 de agosto de 1938, seus despojos mortais foram trasladados de Muribeca, no Estado de Sergipe, para o mosteiro olindense, em cujo claustro foram, numa cavidade aberta no interior da própria terra, piedosa e religiosamente, inhumados.
DOM GERARDO VAN CALOEN, OSB
"Nasceu no castelo de Lophen, perto de Bruges, na Bélgica, a 12 de março de 1853. Tendo abraçado desde cedo a vida monástica, professou no mosteiro de Meredsous, a 25 de maio de 1874, e ordenou-se a 23 de dezembro de 1876.
Quando exercia as funções de Procurador da Congregação beneditina de Beuron, junto à Santa Sé, foi por esta incumbido de restaurar a Congregação brasileira, e, com esse intuito, veio para o Brasil, com outros monges da Ordem, instalando-se no mosteiro de Olinda a 17 de agosto de 1895.
Seu nome está indissoluvelmente ligado às mais caras efemérides do mosteiro de Santa Cruz, da serra do Estêvão, não só por ter sido o seu idealizador, como também por ter conseguido os elementos materiais para a sua erecção. Coube-lhe, igualmente, presidir a escolha do primeiro abade daquela comunidade, depois de ter obtido da Santa Sé a elevação da mesma à categoria de abadia.
Na hierarquia da Ordem beneditina, exerceu no Brasil as mais elevadas dignidades, a saber: Abade do mosteiro de Olinda (20.5.1896); Vigário Geral da Congregação e Abade do mosteiro do Rio de Janeiro (28.2.1905); Bispo titular da Focéa, Abade nulius e Prelado do Rio Branco (12.3.1906); Arquiabade da Congregação brasileira (6.9.1908), cargo ao qual renunciou em 1915.
Sobre a última fase de sua vida, escreveu Dom Joaquim de Luna: - ´Dom Gerardo resolveu então deixar o Brasil, país que muito amava e onde havia dedicado, durante vinte anos, o melhor de suas forças e de sua saúde em prol da restauração dos mosteiros da Ordem. Com um último adeus, deixou em 1919 a sua segunda pátria, embarcando com destino à Bélgica. Ali recolheu-se ao mosteiro de Santo André, por ele fundado. Mas como já não pudesse adaptar-se ao clima, foi residir no Sul da França, em Cap d´Antibes, onde desenvolveu verdadeiro apostolado em prol dos russos refulgiados na França e da união da Igreja Ortodoxa à Igreja de Roma. Aos 16 de janeiro de 1932 faleceu santamente aos 79 anos incompletos. Os seus restos mortais repousam na Abadia de Santo André.
A Congreção beneditina muito deve à mémória desse grande monge, pois se Dom Domingos da Transfiguração Machado foi a alma de sua restauração, Dom Gerardo van Caloen foi o braço que a executou.´
Versado em ciências e letras, publicou no "Bullein des Oeuvres Bénédictines au Brêsil" vários trabalhos sobre o Ceará."
Fonte deste texto: Revista do Instituto do Ceará - Serra do Estêvão - autor: José Bonifácio de Sousa.
DIGITADO E POSTADO POR
Osmar Lucena Filho
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
FREI DOMINGOS DA TRANSFIGURAÇÃO MACHADO, OSB.
O "restaurador" da Congregação Beneditina do Brasil.
"Frei Domingos da Transfiguração Machado nasceu na grande ilha de Itaparica, situada à entrada da Baia de Todos os Santos."
(Cf. Frei Domingos da Transfiguração Machado, o Restaurador da Congregação Beneditina no Brasil. Autor: Pe. Dr. Michael Emilio Scherer O.S.B. - Edições Lumen Christi. RJ. 1980).
Aos 17 anos de idade, em 13 de junho de 1842 ingressou na Ordem beneditina. No dia 3 de dezembro de 1847, Dom Romualdo de Seixas, arcebispo da Bahia, conferiu-lhe o presbiterato.
Após incessante luta, travada em fins do século XIX (1895), em vista da restauração da Ordem de São Bento, em terras brasileiras, Frei Domingos da Transfiguração Machado entregou sua grande alma ao Criador. Estava-se em 1º de julho de 1908, na mesma data em que, em 1827, o Papa Leão XII, pelas Letras Apostólicas "Inter gravissimas curas" havia constituído a Congregação beneditina brasileira.
Pesquisa e texto: Osmar Lucena Filho.